Deputada Olívia Santana,acusa policiais de abuso de autoridade e presta queixa na Corregedoria da PM

‘A farda e as armas não autorizam policiais a assumirem atitudes políticas, ideológicas em favor de um ou de outro candidato’, disse a deputada
Jamile Amine
Foto: Amanda Oliveira/GOVBA
Foto: Amanda Oliveira/GOVBA

 

A deputada estadual Olívia Santana (PC do B-BA) acionou a Corregedoria da Polícia Militar da Bahia e formalizou uma queixa contra dois policiais por abuso de autoridade em abordagem realizada na manhã do domingo (30), durante a votação do segundo turno das eleições, no bairro da Federação, em Salvador.

“Estou confiante de que essa atitude deles não ficará impune. A farda e as armas não autorizam policiais a assumirem atitudes políticas, ideológicas em favor de um ou de outro candidato. Eles estavam em serviço, portanto, eles tinham que garantir a prevalência do que diz a lei eleitoral, do que diz a Constituição. Nem mais e nem menos”, disse a parlamentar ao bahia.ba.

Olivia afirmou que entrou e saiu da situação “de cabeça erguida” e disse acreditar na Justiça e em consequências, com a punição dos agentes.
O EPISÓDIO

Apoiadores de Jerônimo Rodrigues (PT) foram abordados pelos policiais, que os acusavam de fazer boca de urna no local de votação. Durante a discussão, os agentes chamaram o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “ladrão” e retiraram bandeiras partidárias das mãos dos manifestantes, incluindo uma mulher com uma criança no colo. Olívia, então, saiu em defesa do grupo e pediu respeito.

Ela conta que chegava para votar com a família no Colégio Henriqueta Martins Catarino e que foi recebida “com festa” pelo eleitorado do lado de fora da escola, quando os policiais “truculentos” “partiram pra cima”.

“Um deles disse que nos daria voz de prisão por estar fazendo boca de urna. Eu disse que aquilo era um absurdo, que eu conhecia a lei, e que eles não poderiam usar suas fardas e suas armas para violar os nossos direitos. Nosso pessoal estava fora da escola. Não era nada demais”, relatou a deputada.

Em imagens que circulam na internet é possível ver quando os PMs ameaçam prendê-la. Em dado momento, Olívia expressa indignação contra a abordagem, contesta a acusação de boca de urna e chama um dos agentes de bolsonarista, no que ele responde: “Eu sou polícia. Eu só não dou apoio a vagabundo”. A fala é uma referência a Lula, a quem ele atribui o rótulo de “ladrão” e “descondenado”, termos usados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL)

Fonte: Bahia.ba

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