Dica de Saúde: Aprenda a reconhecer sinais de que seu corpo está no limite
A psicóloga Gabriella Ciardullo, da clínica Biotipo, explica que o contexto ao qual as pessoas foram expostas após o início da pandemia de Covid-19 gerou um desgaste emocional tamanho que têm levado muitas pessoas à exaustão. As mudanças na rotina incluíram o trabalho em casa, a convivência intensa com a família e a privação das oportunidades de lazer, entre outras.“A regulação da rotina e a falta de prazeres fizeram com que muitas pessoas chegassem a um estado de esgotamento incomum”, afirma Ciardullo.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, em maio, a fadiga da pandemia já afetava cerca de 60% da população mundial.
Exaustão
A exaustão é o esgotamento físico e mental desencadeado por uma rotina desgastante. Em quadros mais graves, o sentimento pode evoluir para a síndrome de Burnout ou para distúrbios psíquicos como a ansiedade e a depressão.
O estado de exaustão ocorre quando os sintomas iniciais são negligenciados e tentamos “esticar” os próprios limites. “É importante perceber que cada um possui os seus limites e não deve se comparar ao outro”, pondera Gabriella.
Reconheça os sinais de alerta
Os principais sintomas físicos e psicológicos de que o corpo chegou ao estado de exaustão são: cansaço extremo, dificuldade de concentração, perda de memória, insônia, falta de paciência e diminuição do desejo sexual.
O esgotamento também pode provocar dores, tontura, sensação de desmaio, formigamento e queda da imunidade.
“Uma vez que não tomamos medidas preventivas em relação à exaustão, isso pode desencadear processos de adoecimento físico e mental. Além disso, é comum observarmos um alto nível de ansiedade e irritabilidade nessas pessoas, causando problemas interpessoais frequentes”, esclarece a psicóloga.
Tratamento
O autoconhecimento é um grande aliado para perceber os primeiros sintomas de exaustão e, então, iniciar a busca por mudanças de atitudes. Quando o problema está instalado, é necessário identificar o que está causando os desequilíbrios e os desgastes frequentes e repensar a rotina.
Gabriella explica que, em muitos casos, a terapia comportamental é uma ótima aliada, permitindo ao indivíduo perceber suas dificuldades. Nos casos mais extremos, o tratamento psiquiátrico com medicação pode ser indicado.