Ex-aliadas, Dayane e Joice pedem impedimento de Bolsonaro após novos ataques à eleição

A deputada baiana afirmou que o presidente ‘merece cadeia’, enquanto Joice cobrou ‘resposta pesada’ do Legislativo e Judiciário ao afirmar que ele se tornou ‘ditador e psicopata’.
Jamile Amine
Foto: Reprodução / Facebook
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Ex-aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PL), as deputadas federais Dayane Pimentel (União Brasil-BA) e Joice Hasselmann (PSDB-SP) alertaram para o risco iminente de golpe e fizeram duras críticas aos novos ataques do do mandatário ao sistema eleitoral do país em encontro com diplomatas estrangeiros, ocorrido nesta segunda-feira (18), em Brasília.

“Esse ignóbil, com sua política inútil, é o pior presidente e um dos piores seres humanos que essa terra já produziu. Está sedento para dar um golpe. O Brasil nunca esteve tão mal representado, mas nosso povo não aceita ditadores”, declarou a parlamentar baiana, nesta terça-feira (19), nas redes sociais. “Bolsonaro merece cadeia”, afirmou Dayane.

Hoje alvo de ataques da rede bolsonarista, a deputada apontou ainda semelhanças entre a conduta do chefe do Executivo no comando do país e no trato com antigos apoiadores. “Bolsonaro fez com o Brasil o mesmo que ele fez com centenas de ex-aliados: tentou manchar a imagem usando fake news, calúnias e injúrias. Sabe o que Bolsonaro tem de patriota: NADA!”, concluiu.

Também antiga aliada de primeira hora de Bolsonaro, Joice Hasselmann mostrou preocupação com a escalada de ataques do presidente às instituições e cobrou uma reação contundente.

“Muita atenção ao momento. Bolsonaro já protagonizou muitos atos golpistas, mas o de hoje é o mais grave deles. Dia 7 de setembro haverá novo ataque à democracia e não duvidem da loucura dele para, na sequência, decretar ‘Estado de Sítio’. Ele é capaz de tudo”, alertou a parlamentar, afirmando que é chegada a hora de Legislativo e Judiciário “se unirem em prol da democracia, antes que seja tarde demais”. Segundo ela, “se não houver uma resposta pesada”, em breve será, de fato, tarde demais.

“É gravíssimo! Líderes dos partidos e presidentes das Casas precisam erguer a voz com clareza e firmeza.
Não cabe o silêncio, nem tratar como bravata um ato como o de hoje. Repudio o comportamento do presidente e de seus militares que feriram o Brasil aos olhos do mundo”, pontuou Hasselmann, atribuindo ao Congresso a culpa de “Bolsonaro cometer crimes de responsabilidade em série”, lembrando que há contra o presidente cerca de 200 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados, na gaveta de Arthur Lira (PP), presidente da Casa.

“Hoje, Bolsonaro atacou a Justiça Eleitoral pela enésima vez. O PGR é capacho do presidente, mas o Congresso continuará sendo?”, questionou a deputada, citando o procurador-geral da República, Augusto Aras. “Eu já disse mais de uma vez que Bolsonaro deveria ser interditado. Ele se transformou numa mistura de ditador e psicopata”, afirmou Joice, segundo a qual a “tentativa de golpe” se dá pela derrota iminente no pleito de outubro. “O ataque às urnas para embaixadores feito hoje foi mais uma tentativa patética de abalar o sistema eleitoral”, defendeu a parlamentar.

Fonte: bahia.ba

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