Flávio omitiu da Receita R$ 90 mil em investimentos no mercado de ações, diz MP

Operações foram reveladas pelo próprio senador, ao entrar com ação judicial reparatória, depois de perder todo o capital aplicado.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

Durante a análise da evolução patrimonial do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na investigação sobre as “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio, o Ministério Público fluminense descobriu que o filho do presidente Jair Bolsonaro omitiu da Receita, no período entre 2007 e 2009, investimentos no mercado de ações que totalizam R$ 90 mil. As informações são de reportagem do jornal o Estado de S. Paulo.

Segundo os investigadores, as operações foram reveladas pelo próprio senador, ao entrar com ação judicial reparatória, depois de perder todo o capital investido.
“De acordo com a sentença proferida pela 36.ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo, o parlamentar declarou ter investido R$ 90.000,00 na bolsa de valores ao longo de 2007 e 2008 e ter perdido todo o investimento, gerando uma dívida de R$ 15.500,00 com a corretora que, segundo alegado pelo próprio autor, teria sido quitada em dinheiro vivo, o que resultou em gastos de pelo menos R$ 105.500,00 no período.”

De acordo com o Estadão, a indicação consta na denúncia que imputa ao senador e outros 16 denunciados – entre eles o ex-assessor Fabrício Queiroz e a mulher de Flávio, Fernanda Bolsonaro – crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. A peça de 290 páginas com os detalhes da investigação sobre a quadrilha que o filho do presidente é acusado de liderar está no Tribunal de Justiça do Rio.

Ainda de acordo com a reportagem, os R$ 90 mil omitidos por Flávio chamaram a atenção dos investigadores durante a análise dos registros de transações imobiliárias, fiscais e bancárias do senador entre 2007 e 2009. Flávio era solteiro e tinha como única fonte de renda o salário de deputado.

Segundo o MP, ele ainda “fazia pouquíssimo uso de serviços bancários como cartões de crédito e débito, revelando predileção pelo uso de dinheiro em espécie”.

Fonte: Bahia-BA

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