Homem foi morto na frente da filha em cinema de Dourados (MS)

Imagens do circuito interno de segurança da sala de exibição mostram momento em que vítima e acusado discutem por causa de poltrona

Reprodução/TV MorenaREPRODUÇÃO/TV MORENA
Câmeras de segurança gravaram o momento em que o policial ambiental Dijavan dos Santos e o bioquímico Julio César Cerveira Filho discutem na sala de cinema em Dourados (MS) por causa de uma poltrona. O PM acabou matando o outro homem a tiros na frente de muitas crianças que estavam no local. O crime ocorreu na tarde dessa segunda-feira (08/07/2019).Nas imagens, divulgadas pelo G1, é possível ver que Julio está sentado na mesma fileira, ao lado de um dos filhos de Dijavan. Em seguida, o menino de 10 anos troca de lugar e a vítima se levanta, aproxima-se do garoto e parece discutir com ele. Depois, retorna e senta.

Na sequência, ele levanta novamente e vai até uma pessoa que está ao lado do adolescente, que, de acordo com o boletim de ocorrência, seria o PM. Os dois iniciam a discussão. Julio sai e é seguido pela filha, de 16 anos. O policial vai atrás da vítima. Os dois teriam entrado em luta corporal na porta do cinema, porém as câmeras não captaram a cena.

Preso em Dourados, Dijavan dos Santos alegou, em depoimento, que ele e o filho, de 10 anos, foram agredidos por Julio César Cerveira Filho. O PM acabou matando Julio a tiros na frente da filha da vítima, de 16 anos.

Segundo a polícia, a arma usada pelo acusado não possui registro e foi apreendida com 12 munições. A prima da vítima diz que Julio estava acompanhado da filha e da esposa na sessão de cinema e que ambas estão abaladas psicologicamente, por isso, ainda não prestaram depoimento. O crime ocorreu durante a exibição do filme Homem-Aranha: Longe de Casa.

Santos afirma que estava com os dois filhos na sala de cinema, quando a vítima começou a abrir e fechar os braços e pernas, batendo na criança de 10 anos. Santos diz que trocou de lugar com o menino e pediu para que Julio parasse com aquele comportamento. Cerveira Filho teria, então, ofendido o policial e depois passou a agredi-lo com chutes e socos que o atingiram nas pernas e no rosto.

O acusado afirmou, ainda em depoimento, que outras pessoas que estavam no cinema pediram para que Cerveira Filho parasse com as agressões. Ele seguia para a porta de saída, mas, ao passar pelo filho do policial, teria desferido um tapa no rosto da criança.

O acusado garante que anunciou que chamaria a polícia e os dois saíram do estabelecimento, mas a vítima teria dito para “resolverem ali mesmo”. Santos diz que então se identificou como policial e mostrou a arma, uma pistola calibre .40. A vítima tentou tomar a arma e, durante a luta corporal, teria ocorrido o disparo acidental. O homem morreu no local.

O caso foi registrado na 1ª Delegacia da Polícia Civil, onde foi constatado que o policial apresenta ferimento no rosto, abaixo do olho direito. Julio Cesar Cerveira Filho era neto do ex-prefeito José Cerveira, que administrou a cidade de Dourados em 1982 e 1983.

Com informações do G1 e do Estadão

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