Homem que assassinou mãe no DF confessa: “Matei com a picareta”

Segundo a Polícia Civil do DF, Sidevan dos Santos confessou o feminicídio a um primo. Suspeito sofre de problemas mentais

PCDF/DivulgaçãoPCDF/DIVULGAÇÃO

Acusado de matar a própria mãe brutalmente, a golpes de picareta, na casa onde moravam, em Taguatinga, Sidevan dos Santos Vasconcelos, 37 , se dirigiu à residência de um primo e confessou o crime. Ao parente, o suspeito teria dito: “Liga para o IML [Instituto de Medicina Legal] e pede para recolher o corpo da minha mãe. Matei ela com uma picareta”. As informações são da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

O crime ocorreu na manhã desta terça-feira (20/08/2019), na QNL 28 da cidade. De acordo com o delegado da 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), Josué Ribeiro, o agressor sofre de distúrbios psiquiátricos e não resistiu à prisão. A vítima é Iran Francisca de Vasconcelos (foto em destaque), de 68 anos.

Segundo Ribeiro, após ter ouvido a confissão, o primo de Sidevan observou as manchas de sangue no corpo do agressor e acionou a Polícia Militar (PMDF). O suspeito foi localizado e preso em flagrante pela corporação, enquanto caminhava em local próximo à cena do crime.

Ao Metrópoles, o delegado afirmou que o agressor tem histórico de internações e fugas do Hospital Pronto Atendimento Psiquiátrico (Hpap). Após ser preso, o homem chegou à unidade policial ensanguentado e entoando o Hino Nacional.

“Sendo inimputável por doença mental ou não, meu papel é prendê-lo”, frisou o delegado. A mulher já teria registrado ocorrências contra o filho ao longo do ano, por ele ter o hábito de fugir da unidade de internação e ir à sua casa.

A PCDF, agora, tenta localizar a arma utilizada no crime. Este é o 17º caso de feminicídio na capital do país em 2019.

Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país.

Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.

Fonte:Metrópoles

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