Jorge Vercillo critica qualidade das músicas atuais: ‘Muito pobre, fraca, infantil’

Cantor, com diversas canções emplacadas em novelas nacionais, não detonou “ritmo específico” e pregou “educação musical nas escolas”

Redação
Foto: Rodrigo Veloso/bahia.ba
Foto: Rodrigo Veloso/bahia.ba

Prestes a encerrar a sua turnê no Rio de Janeiro, o cantor Jorge Vercillo fez uma reflexão em entrevista à Revista Quem, sobre o atual momento da música brasileira. De acordo com o artista, que já emplacou diversas canções em novelas nacionais, há muita composição “pobre”, “fraca” e “infantil”.

“Eu lancei uma autorreflexão do que o povo brasileiro quer da música brasileira. Porque a MPB anda muita bem para algumas pessoas, mas outros andam ouvindo uma música muito pobre, fraca, infantil, feia e sem imaginação”, afirmou Vercillo.

O autor de hits como “Homem-Aranha” e “Final Feliz” evitou apontar para um gênero musical específico e defendeu a “educação musical nas escolas” como forma de elevar a qualidade da produção nacional.Para ele, a “responsabilidade” não é dos “artistas”, da “indústria cultural” ou da “mídia.

“Na verdade, para gente que entende de música, o que está faltando é voltar a ter educação musical nas escolas. Aprender mais sobre a música brasileira, que é a música mais rica do mundo”, explica.

“Eu convoco a todos para fazer um funk com qualidade, falando de sexo, sim, mas não essa coisa sem qualidade […] Quem gosta de sertanejo, os artistas sertanejos têm um vasto material de qualidade. Só que o que aparece mais é o material mais pobre. Só falta o público escolher as músicas desses mesmos artistas de mais qualidade”, completou.

Jorge Vercillo ainda fez elogios à Anitta, a quem atribui o título de cantora pop, não de “funk”. Na opinião do artista, a carioca contribui para a música brasileira assim como “Carmen Miranda” e “Tom Jobim”.

“A Anitta é uma grande artista. Ela tem um talento que ela pode cantar o que ela quiser […] está somando para a música brasileira assim como a Carmem Miranda um dia somou, como o Tom Jobim somou. Ela leva essa universalidade da música brasileira para o exterior. Detalhe, a Anitta para mim é claramente pop e não mais funk. Não que eu tenha algo contra o funk. E eu acho o ritmo do funk um dos mais legais. Mas ela é uma soma de ritmos”, avalia.

Fonte:Bahia.ba

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