Jovem gay é agredido por motorista de ônibus em SP

Kevin Silva afirma que o suspeito empurrou o seu rosto contra a porta do ônibus, deu socos, chutes e puxou os cabelos.

Foto: arquivo pessoal/Instagram
São Paulo – Kevin Victor de Oliveira Silva, de 20 anos, procurou a Polícia Civil, na última segunda-feira (12/4), para registrar um boletim de ocorrência contra um motorista de ônibus da cidade de SP por homofobia.

Ao ouvir a frase, o jovem afirma que retrucou: “O senhor tem como me respeitar e parar com essa homofobia toda?”.

Ao G1, Kevin disse que a partir desse momento o motorista começou a gritar com ele. Com isso, o jovem começou a gravá-lo. A situação irritou o motorista que bateu no celular para impedir a filmagem e passou a agredi-lo.

“Assim que ele deu o tapa no meu celular, veio para a agressão. Empurrou meu rosto contra a porta do ônibus, deu socos, chutes, puxou meus cabelos para arrancar meus apliques”, relatou o jovem. “Os outros passageiros depois apartaram e me colocaram para fora do ônibus”.

Kevin desceu do transporte público próximo à Ponte do Piqueri, na zona norte de SP. E passou a gravar outro vídeo mostrando a boca inchada e sangrando.

“Fiquei em estado de choque. Estou com medo de voltar a andar de ônibus. Já sofri assédio [sexual], mas nunca fui agredido fisicamente, ainda mais uma agressão motivada por homofobia”, disse o jovem. E questionou: “Será que o motorista agrediria um homem de 2 metros de altura? Eu sou pequeno, franzino e gay”.

Por meio de nota, a SPTrans, afirmou que repudia violência no transporte público e que já está apurando a situação para identificar quem é o motorista. “A SPTrans repudia qualquer tipo de violência no transporte público e informa que vai colaborar com as investigações policiais no caso citado, já registrado em boletim de ocorrência”, diz a nota.

A ocorrência foi registrada no 87º Distrito Policial, na Vila Pereira Barreto, também na zona norte. Apesar de constar no documento que Kevin sofreu agressões devido à orientação sexual, o caso foi registrado como injúria e lesão corporal e não como homofobia.

A Secretaria de Segurança Pública de SP não disse o motivo de não ter registrado o caso como homofobia. A secretaria informou que “entrará em contato com a vítima para verificar se haverá representação criminal e, posteriormente, instaurar o inquérito policial para investigar os fatos.”

Fonte: Metrópoles

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Users online: