MPF vai investigar se Senador Alessandro usou processo seletivo para favorecer aliados

O Ministério Público Federal em Sergipe recebeu uma denúncia que visa investigar a maneira como o senador Alessandro Vieira selecionou pessoas para o seu gabinete em Brasília e o escritório em Aracaju. O Ministério Público Estadual também foi demandado.

A denúncia queixa-se de nomeações de aliados políticos do senador sergipano, bem como alguns perdedores da eleição de 2018, que fazem parte do Movimento Acredito. A informação exaurida da denúncia revela que o Movimento Acredito foi responsável por realizar o certame e por esse motivo deixa dúbia a aprovação dos próprios membros.

Além dos candidatos derrotados na eleição de 2018, o senador nomeou o seu suplente Fernando Carvalho e mais cinco membros do MOVA-SE – movimento ligado ao próprio parlamentar.

Em nota recentemente publicada nos meios de comunicação, Alessandro informou que foram nomeados 12 para o gabinete individual dos quais 11 ingressaram via processo seletivo. No entanto, as informações extraídas do portal de transparência do parlamentar identificaram ao menos 10 nomeações de membros do movimento Acredito, Renova-BR, MOVA-SE e de partidos como REDE e PPS, todos atrelados ao senador da república.

A denúncia ainda pede que o MPF verifique o porquê de o processo seletivo não fazer jus aos princípios da transparência e publicidade no qual determina a Constituição para afins de certames cujo objetivo é a máquina pública.

De acordo com a representação, não houve divulgação da classificação e não se sabe quem foi o primeiro, nem tão pouco o último colocado no processo seletivo. Ademais, candidatos receberam e-mail informando que estavam reprovados no dia 10 de fevereiro, sendo que os trabalhos no congresso iniciaram em 01 de fevereiro, conforme edital do Processo Seletivo. E o prazo para o envio da informação era no dia 25 de janeiro.

O edital também exigia que candidatos publicassem no Youtube um vídeo de no máximo dois minutos contando um pouco da sua história profissional. No entanto, não foram encontrados na plataforma nenhum vídeo dessas 10 pessoas nomeadas.

O edital informava que a publicação do vídeo devia ser pública e caso não enviasse, o candidato estaria automaticamente eliminado. Outrossim, o próprio edital informava que a cada etapa do processo, o candidato seria informado se estava ou não reprovado, fato que também não aconteceu.

Diante das informações, a denúncia protocolada também no Ministério Público Estado de Sergipe, requer que se apure como foi o procedimento do processo, se houve ou não favorecimento e porque tudo foi feito às escuras, haja vista que milhares de pessoas gastaram boa parte do tempo para responder os longos questionários do certame acreditando numa possível oportunidade de trabalho.

O senador ao divulgar a abertura do processo chegou a afirmar que estava inovando ao querer evitar o apadrinhamento tão comum na velha política brasileira. Naquela ocasião, o parlamentar disse que pretendia garantir a transparência, economia e o melhor serviço possível prestado ao cidadão.

Estranha o fato do senador possivelmente agir dessa forma, uma vez que foi eleito propagando o novo jeito de fazer política e o combate a corrupção.

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