Negros e mulheres avançam nas urnas e aumentam presença no 2º turno

Na estreia da cota racial, pretos e pardos eleitos para prefeituras subiram para 32% do total, índice ainda longe da realidade populacional.

Mulheres luta (Foto: Marcha Mundial das Mulheres)
Mulheres luta (Foto: Marcha Mundial das Mulheres)

 

Pretos e pardos tiveram um avanço na eleição para prefeitos na esteira da regra que obriga os partidos políticos a distribuir de forma proporcional a verba pública de campanha entre os candidatos brancos e negros. Embora positivo, o desempenho dessas candidaturas ainda está longe de refletir o retrato da população brasileira, desta reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a publicação, o resultado das urnas mostra que 32% dos prefeitos eleitos no primeiro turno, em todo o país, se declararam negros (pretos ou pardos).Os brancos somaram 67%.

Os números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), compilados pelo DeltaFolha, mostram um avanço em relação a 2016, quando os prefeitos eleitos brancos, no primeiro turno, somavam 70,4%, contra 29% de negros.

Em 2016, ano das últimas eleições municipais, apenas 6 mulheres passaram para as disputas de segundo turno, ao lado de 108 homens. Agora são 20 mulheres e 94 homens.

No caso de pretos e pardos, eram 22 em 2016, ao lado de 92 brancos. Agora, 32 negros foram para o segundo turno, ao lado de 81 brancos.

Das dez maiores cidades do país, em apenas três a disputa foi resolvida neste domingo (15). Bruno Reis (DEM), eleito em Salvador, se declara pardo. Nas outras duas, a vitória foi de um homem branco —Alexandre Kalil (PSD), em Belo Horizonte, e Rafael Greca (DEM), em Curitiba.

Fonte: Folha de S. Paulo.

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