Para ‘sobreviver’, PTC desiste do presidenciável Collor
Foto: Estadão
O ex-presidente da República e senador Fernando Collor de Melo (PTC-AL)
O senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL) não será mais candidato à Presidência nas eleições 2018 – embora para muitos a surpresa tenha sido descobrir, agora, que ele estava disposto a disputar novamente o cargo mais alto da República. Um dos indícios de que a pré-candidatura de Collor estava passando despercebida é que o comunicado oficial do partido, dizendo que a legenda não teria candidatura própria à Presidência, está no site do PTC desde o dia 20, mas só chamou atenção nesta terça-feira, 26, cinco dias depois, quando o site Poder 360 publicou nota sobre o assunto. O comunicado, assinado pelo presidente da legenda, Daniel Tourinho, diz que “sobrevivência” do partido foi um dos motivos para a desistência da candidatura própria. Segundo Tourinho, “a principal luta da instituição” será atingir ao menos 1,5% dos votos válidos para a Câmara (em nove Estados ou eleger pelo menos nove deputados em nove Estados). Com isso, a sigla ultrapassaria a chamada cláusula de barreira, aprovada na reforma eleitoral no ano passado e que restringe o acesso dos partidos ao Fundo Partidário. O nome de Collor não é citado na nota do partido. O ex-presidente não comentou a decisão nem fez qualquer menção ao fato em suas redes sociais. Até onde se sabe, ele também pouco fez pela própria pré-campanha. No período em que os interessados na disputa estavam se desdobrando em ações públicas e de marketing, Collor preferiu viajar em missão oficial à Coreia do Norte – com o objetivo de reorganizar a embaixada brasileira em Pyongyang. Collor só teve destaque no noticiário eleitoral quando pesquisa do instituto Datafolha apontou seu nome como o mais rejeitado pelos eleitores. O ex-presidente, que parecia fadado a ocupar o mesmo espaço de nomes como Levy Fidelix e José Maria Eymael na disputa de outubro, já obteve 35 milhões de votos – sendo eleito o primeiro presidente pós-redemocratização em 1989. Na ocasião, o então “caçador de marajás” venceu o petista Luiz Inácio Lula da Silva – atualmente condenado e preso na Lava Jato – no segundo turno. Ele comandou o País entre 1990 e 1992, quando renunciou à Presidência em 29 de dezembro, antes que o processo de impeachment fosse aprovado.
Fonte:Politica Livre