PM é preso acusado de agredir mulher e deixar nua no DF veja o vídeo

Suspeito é 3º sargento da corporação e foi autuado em flagrante na 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga. Companheira também é militar

Material cedido ao Metrópoles
MATERIAL CEDIDO AO METRÓPOLES

Ainda segundo informações repassadas pela Polícia Civil, as agressões teriam ocorrido na última quinta-feira (18/04/2019), na Praça do Bicalho, em Taguatinga Norte, mas o caso só foi divulgado nesta terça (23/04/2019).

O homem, de 45 anos, é 3º sargento da PMDF e responderá por injúria, Lei Maria da Penha e lesão corporal praticados contra a companheira, que tem a mesma patente do companheiro.

Aos investigadores da 12ª DP, ambos afirmaram fazer uso de medicamentos psiquiátricos, e a discussão teria se iniciado justamente porque Juliana acusava o marido de não estar tomando os remédios.

“O casal seguia para a clínica psiquiátrica onde o homem teria consulta quando, dentro do carro, passaram a discutir. Ela ainda brigou com ele pelo fato do mesmo manter contato com a ex-esposa. No meio da briga, ela, que disse fazer o uso de rivotril, tomou um frasco inteiro de clonazepam, pois queria desmaiar”, explicou o delegado Josué Ribeiro.

O PM, então, teria estacionado o carro na praça e pediu que a mulher descesse, pois “estaria fazendo-o passar vergonha”, conforme informado pelos investigadores. O sargento da PM teria chamado a companheira de “vagabunda”, que, diante do xingamento, passou a tirar a roupa.

Neste momento, segundo a PCDF, as agressões teriam se iniciado e a Polícia Militar foi acionada. No local, testemunhas disseram aos militares que viram o sargento agredir a companheira, inclusive com chutes na cabeça.

“Diante dos fatos, a PM conduziu o sargento, que estava fardado, até a 12ª DP, onde foi autuado em flagrante”, acrescentou o delegado.

Questionado sobre a denúncia, o policial negou as agressões e disse que a companheira “estava tendo um ataque epilético”. A versão do PM, no entanto, foi desmentida por testemunhas, segundo a Polícia Civil.

O caso foi registrado por testemunhas e o Metrópoles teve acesso ao vídeo. Confira:

 

Outro lado
Procurada pela reportagem, a PMDF informou que os fatos estão sendo apurados, e que o militar responderá penalmente e administrativamente.

A corporação acrescentou que a arma de fogo dele foi apreendida e entregue à corregedoria, que ficará responsável por tomar as devidas “providências disciplinares”.

Neste 2019, o Metrópoles iniciou um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal estão sendo contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.

O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF.

Fonte: Metrópoles

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