Polícia desmonta esquema que pagava R$ 50 mil por entrada de celular em presídio

Duas técnicas de enfermagem foram conduzidas em flagrante e confessaram os crimes aos policiais civis.

Foto: Haeckel Dias/Polícia Civil
Foto: Haeckel Dias/Polícia Civil

 

O Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) desarticulou um esquema que pagava cerca de 50 mil reais por celular ingressado no Complexo Penitenciário de Mata Escura, em Salvador, no âmbito da Operação Disciplina. Duas técnicas de enfermagem confessaram participação no esquema.

Durante o trabalho de inteligência, com apoios do Depom e do DIP da Polícia Civil, além da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), os investigadores da DTE perceberam que quatro detentos, entre eles duas lideranças de uma organização criminosa, com passagem pelo Baralho do Crime, continuavam determinando mortes e repasses de drogas de dentro do presídio.

“As duas mulheres foram autuadas, no dia 31 de março deste ano, e com essas informações ampliamos a operação Disciplina. Vamos aprofundar as investigações, pois não podemos descartar o envolvimento de outros servidores da penitenciária”, destacou o titular da DTE, delegado Yves Correia.

Modus Operandi

Em depoimento, na sede do Draco, as técnicas de enfermagem contaram que usavam faixas, por dentro dos sutiãs, para esconder smartphones e carregadores para os aparelhos. Explicaram que agiam de noite, pois naquele turno não tem a revista com a utilização de bodyscan (inspeção corporal).

Assim que entravam na sala destinada aos cuidados médicos, na ala masculina, elas escondiam os celulares e acessórios embaixo de um armário. Por fim, as técnicas de enfermagem informaram também que os pagamentos foram feitos em espécie e também por pix, que participavam do esquema desde de julho de 2021 e que nove celulares entraram dessa forma no presídio.

A dupla foi autuada no artigo 349-A (ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional) do Código Penal.

Fonte: Bahia.ba

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