Preguiça de transar? Saiba por que isso é mais comum do que se imagina

Apesar dos maus olhos com que se costuma ver uma pessoa com preguiça de fazer sexo, é normal acontecer e pode não ter nada a ver com saúde.

Preguiça de transar
Foto: PeopleImages/Getty Images
Em seu canal do YouTube, Kelly Key costuma abordar diversos temas sexuais ao lado do marido, Mico Freitas. Em uma das publicações, que falava sobre as verdades que quase ninguém diz sobre relacionamentos longos, a artista admitiu que, de vez em quando, sente preguiça de transar.

“Eu tenho preguiça. Mas não tem nada a ver com ele. Tem a ver com a minha preguiça. Às vezes a gente trabalha, chega cansado (…) O problema não é nem o durante. É a iniciativa mesmo. Começar o negócio me dá uma preguiça”, disse.

De acordo com a terapeuta sexual Tâmara Dias, essa “preguiça” pode ser comum, tanto em homens quanto em mulheres, e não necessariamente esteja ligada a problemas de saúde, como desequilíbrio de hormônios, entre outros. “Cansaço e estresse, por exemplo, influenciam muito no desejo sexual”, explica.

Neste momento de pandemia, a tendência é que isso aconteça ainda mais, uma vez que o emocional influencia diretamente na vontade de engatar comportamentos sexuais. “O medo e incerteza da situação atual com certeza podem influenciar no desejo sexual. Além disso, o aumento do convívio pode intensificar pontos de tensão entre o casal”, diz.

Relacionamentos longos

Independente de estresse ou cansaço, pessoas que estão em relacionamentos longos costumam estar mais sujeitas a esse tipo de situação. Segundo a psicóloga, isso acontece porque o modelo de ciclo da resposta sexual (desejo sexual, excitação, orgasmo, resolução) muda de acordo com o tempo.

“Em relacionamentos de muitos anos, esse ciclo costuma se basear em recompensas, não necessariamente sexuais, como a intimidade, o contato, o desejo de agradar o parceiro. Essas motivações são muito mais importantes que o prazer por prazer”, afirma.

Apesar de ser natural que isso aconteça com qualquer casal, a sociedade ainda não vê com bons olhos a preguiça de transar. Quando parte de homens, eles são taxados de “frouxos”, enquanto as mulheres são chamadas de “frígidas”.

Tâmara alerta que esse tipo de crença só serve para prejudicar a todos, e que cobranças como essa não deveriam existir em relacionamentos. “É natural um querer mais que o outro em determinado momentos, e aí vai depender da cumplicidade, sintonia e também dos combinados do casal, que devem contemplar os desejos e necessidades dos dois”, finaliza.

Fonte: Metrópoles

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