PSL tem os deputados com voto ‘mais barato’

Foto: Partido Social Liberal

O ator Alexandre Frota foi eleito deputado federal pelo PSL de São Paulo Foto: Reprodução de propaganda eleitoral (2018)

O PSL do presidente eleito, Jair Bolsonaro, tem os 14 deputados federais com o voto “mais barato” da última eleição. A relação entre despesas de campanha e quantidade de votos mostra que Alexandre Frota, candidato por São Paulo, foi quem menos precisou gastar, em termos proporcionais, para sair vitorioso das urnas: nove centavos por cada um dos seus mais de 155 mil votos. Logo atrás, com custo de dez centavos por voto, aparece Eduardo Bolsonaro, o deputado federal mais votado do País, também por São Paulo. Na outra ponta do levantamento – feito a partir da prestação de contas final dos candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgada na semana passada – vem uma tucana. A deputada Shéridan, eleita por Roraima, precisou de mais de R$ 190 por voto para alcançar a reeleição, com 12,1 mil eleitores. Outro candidato do mesmo Estado aparece na sequência: Edio Lopes, do PR, gastou R$ 150 por cada um dos seus 11,9 mil votos. Em geral, os deputados federais eleitos por Estados da Região Norte obtiveram os votos com maior custo do País – Roraima, Acre, Amapá, Tocantins e Rondônia integram a lista das unidades da federação cujos candidatos mais investiram. Isso ocorre, em parte, porque essas são as cinco unidades federativas menos populosas do Brasil. Em média, os postulantes de Rondônia gastaram R$ 33,49 em cada voto. Em comparação, o Ceará teve a menor relação despesa por voto, com R$ 2,71. A média nacional é de R$ 10,21. Dentre os eleitos pelo PSL, o deputado federal mais caro foi Luciano Bivar (PE), presidente e um dos poucos quadros históricos da legenda, que viveu um “boom” após a filiação de Bolsonaro em março deste ano. Bivar foi o candidato do partido que mais gastou em termos absolutos – R$ 1,9 milhão, quase quatro vezes o custo do segundo da legenda que mais investiu, Marcelo Álvaro Antonio (MG), com R$ 500 mil. Bivar também foi o postulante da sigla que mais gastou em termos proporcionais – R$ 16,4 por cada um de seus 117,9 mil votos. Foi eleito por quociente partidário. A campanha vitoriosa mais barata do PSL, sem considerar a relação com o número de votos, foi a de Márcio Labre (RJ), com apenas R$ 8,1 mil em despesas declaradas ao TSE. Senador eleito pelo PSL de São Paulo, Major Olímpio teve o custo de voto mais baixo dentre os futuros colegas de parlamento: apenas três centavos. Ao todo, sua campanha declarou R$ 278,8 mil em despesas. O correligionário Flávio Bolsonaro, candidato pelo Rio de Janeiro, foi o quinto mais “econômico”, com 11 centavos por voto. Os gastos de campanha do filho do presidente eleito ficaram em R$ 490,7 mil.

Fonte: Estadão

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