Renan será o candidato do MDB à presidência do Senado

Foto: Dida Sampaio/Estadão

O senador Renan Calheiros (MDB-AL)

Após uma tensa reunião, o senador Renan Calheiros (AL) foi anunciado nesta quinta-feira, 31, como candidato do MDB à presidência do Senado, derrotando Simone Tebet (MS), que também disputava indicação no partido. A eleição na sexta-feira, 1, na Casa deve ser a mais disputada desde a redemocratização, com oito candidatos. Renan tenta se eleger pela quinta vez para a presidência do Senado. Renan foi eleito por sete votos, contra cinco de Tebet, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Ao longo do dia, senadores contrários à candidatura de Renan tentaram chegar a um acordo para a unificação em torno de um único nome que pudesse enfrentar o parlamentar alagoano na eleição interna, sem sucesso. Em dois encontros, nenhum dos adversários fez o movimento para abdicar da intenção de concorrer em nome de algum outro. Também devem disputar o cargo Alvaro Dias (Pode-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Esperidião Amin (PP-SC), José Reguffe (Sem partido-DF), Major Olímpio (PSL-SP) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). O mais perto que os candidatos ficaram de uma junção das chapas foi quando o Podemos, de Dias, sugeriu que a senadora Simone Tebet deixasse o MDB para se filiar ao seu partido. A ideia recebeu sinalização de possível apoio do PSDB, de Tasso, do PP, de Espiridião Amin e do PSL, de Major Olímpio. A estratégia levava em conta das dificuldades conhecidas que Simone teria para enfrentar Renan na bancada. A senadora ficou de analisar, mas rejeitou essa hipótese horas depois. Logo após os debates, os parlamentares da bancada do MDB sugeriram que Renan e Simone tentassem se entender para que o partido não precisasse deliberar sobre o assunto. Simone se recusou a conversar separadamente com o colega alagoano, sob a justificativa de que eles já tinham discutido o assunto em outras oportunidades. Por causa disso, os senadores tiveram que votar, sendo que a maioria deles optou por usar uma cédula para voto secreto. Outro golpe importante na candidatura de Simone foi a ausência do senador Jarbas Vasconcelos (MDB-PE), que faltou à reunião. Ele havia dito, publicamente, que preferia a candidatura da emedebista de Mato Grosso do Sul, mas não apareceu no encontro para votar como havia indicado. Na versão de aliados de Simone, Jarbas estava em Brasília e, mesmo assim, não apareceu. A suspeita, disseram emedebistas vencidos por Renan, é que Jarbas tenha prometido voto também a Renan, no trato particular. Procurado, ele não respondeu à reportagem sobre os questionamentos.

Estadão

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