Saúde: Médica ginecologista fala sobre pressão estética feminina na região íntima em entrevista para a Metropole: “Existe uma cobrança interna”

Cultura da pornografia e a divulgação de procedimentos cirúrgicos por influenciadores pode gerar comparação e a busca pela perfeição que não existe.Médica ginecologista fala sobre pressão estética feminina na região íntima em entrevista para a Metropole: "Existe uma cobrança interna"

Foto: Metropress/Fernanda Villas

A doutora Ana Cristina Batalha, médica ginecologista especializada em cirurgias íntimas, abordou a busca do padrão “perfeito” através de procedimentos que estão cada vez mais presentes na sociedade. Em entrevista para a Rádio Metropole nesta quarta-feira (7), ela conta que esse padrão atinge principalmente as mulheres, influenciando também na autoestima das mesmas.

“Existe uma cobrança interna muito grande, e a externa também continua seja com o rosto ou o corpo, com a genitália não é diferente […] Apesar de ser uma área mais restrita, onde teoricamente você que vai dar acesso, ainda existe um apelo estético da sociedade e também dela (mulher) própria”, afirma a doutora.

A médica relatou que algumas pacientes desenvolvem fibromialgia, depressão, relacionado a problemas, estéticos ou não, na genitália, que por mais que esteja escondido é um local de força da mulher. “O útero é a mãe da mulher,  a retirada do útero às vezes leva a paciente a ficar mais depressiva, porque é uma força que a mulher tem”, disse.

A cultura da pornografia pode influenciar como referencia de comparação, que muitas vezes sofre de edições e alterações, na busca de padrão. Muitos casos de influenciadoras por exemplo, que usa o termo cirurgia íntima, no procedimento que busca tornar a vulva mais “apertada” para relações sexuais.

“Todo procedimento cirúrgico existem riscos, se puder evitar os procedimentos, melhor. Existem tecnologias que podem fazer isso sem necessidade de uma cirurgia, fisioterapia, pompoarismo, que podem ajudar a estimular essa musculatura sem precisar fazer um procedimento cirúrgico […] Mas toda vez que alguém noticia, aparece alguém na clínica querendo fazer igual”, conclui a Dra. Ana Cristina.

Fonte: Metro 1

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