Terapeuta sexual explica: Consumo de pornografia pode prejudicar a vida a dois? Entenda

Como as expectativas criadas por uma produção de ficção podem ser nocivas à sexualidade individual e conjunta

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Ainda que consumido por muitas pessoas, não existe unanimidade quando se fala de pornô. Há quem ache que as produções são inofensivas e há que seja contra sua realização e consumo.

Achismos à parte, especialistas garantem que assistir pornografia pode vir a ser bastante prejudicial, e existem estudos que apontam, inclusive, que o consumo frequente de pornô pode fazer mal até para a vida a dois.

De acordo com a terapeuta sexual Luísa Miranda, o principal motivo que faz com que o pornô acabe sendo visto como o “vilão” da história é o fato de que, ali, a pessoa não lida com questões reais, e muitas vezes busca no pornô uma fuga.

“Ela está se enganando e fugindo de possíveis problemas, seja no relacionamento, no trabalho etc. É uma fuga que proporciona um prazer imediato, que se assemelha muito ao prazer do uso da cocaína, inclusive”, explica.

Expectativas irreais

Outro dos maiores problemas que o excesso de pornô traz é o parâmetro que a pessoa passa a ter sobre o que é um sexo bom. Ainda que o pornô seja uma ficção, as pessoas acabam não o encarando desta forma.

Segundo a terapeuta, isso acontece por conta da falta de educação sexual. “O filme acaba se tornando praticamente o meio mais relevante de educação sexual. As expectativas vão gerando frustrações, que vão gerando insegurança”, diz.

Luísa ainda reforça que, antes de analisar como o pornô pode ser prejudicial ao casal, é preciso entender que isso acontece por prejudicar individualmente a sexualidade das partes envolvidas.

“A gente tem que lembrar que casais são formados por indivíduos, e essa individualidade é prejudicada a partir do momento em que o que a pessoa sente passa a ser contraditório com o mundo externo”, aponta.

Logo, a dica é: se o casal pretende assistir a filmes pornô, que conversem sobre e façam disso uma coisa conjunta, para não criar expectativas que se choquem. “Que os dois participem dessa escolha, para que não seja ofensivo para nenhuma das partes”, finaliza.

Fonte: Metrópoles

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