Victor Ramos se torna réu por participar de esquema de manipulação de jogos no Campeonato Paulista

Jogador teria aceito remuneração para cometer um pênalti enquanto defendia o Portuguesa em partida contra o Guarani.

Victor Ramos se torna réu por participar de esquema de manipulação de jogos no Campeonato Paulista

Foto: Juliana Paulino/ACF

 

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) recebeu, nesta terça-feira (9), a denúncia do Ministério Público do estado (MP-GO) que torna réus os investigados pelo esquema de manipulação de resultados dos jogos da série A e B do Campeonato Brasileiro de 2022, e campeonatos estaduais. Dentre os acusados, um total de sete jogadores e nove apostadores, está Victor Ramos, zagueiro do Chapecoense que já passou pelo Vitória.

De acordo com o MP-GO, o documento apresenta 23 fatos criminosos ocorridos durante 13 partidas, nas quais jogadores se comprometeram a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis em troca de remuneração. “Trata-se de atuação especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo”, afirmam os promotores da ação.

Segundo a ação, Ramos teria aceito o pagamento de R$ 100 mil para cometer um pênalti na partida entre Portuguesa x Guarani, no Campeonato Paulista de 2023. Os apostadores, no entanto, não teriam encontrado outros jogadores para realizar a manipulação e o esquema não foi concluído. O zagueiro poderá receber pena de reclusão de dois a 6 seis anos e multa por aceitar a proposta.

Além disso, o órgão requereu multa de R$ 2 milhões para reparar os danos morais coletivos causados pelos denunciados. O valor deverá ser atribuído de forma solidária a todos os réus.

Em nota, a Associação Chapecoense de Futebol reforçou a sua concordância e respeito às investigações, mas afirmou que “o clube aguarda, efetivamente, o julgamento do órgão competente. A partir de então, a agremiação tomará as medidas necessárias – sempre prezando pela defesa dos princípios éticos”.

Fonte:Metro 1

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